Agronegócio

Bolsonaro desembarca na China, segundo país no giro presidencial pela Ásia

O primeiro compromisso foi uma visita à Grande Muralha da China. Em seguida, o presidente e os ministros se reuniram com empresários chineses

Partida de Tóquio para Pequim/ Foto: José Dias-Palácio do Planalto

O presidente Jair Bolsonaro desembarcou, nesta quinta-feira, 24, em Pequim, na China, o segundo país no giro presidencial pela Ásia e Oriente Médio. A China é o maior parceiro comercial do Brasil e também um dos principais fornecedores de investimento em áreas importantes, como infraestrutura e energia, prioridades do governo. Em 2018, o fluxo de comércio com o país asiático alcançou a marca histórica de US$ 98,9 bilhões.

O primeiro compromisso de Bolsonaro foi uma visita à Grande Muralha da China. Em seguida, o presidente e os ministros se reuniram com empresários chineses em um evento organizado pelo presidente da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf.

Pelo Twiter, o presidente publicou um vídeo junto ao presidente da Fiesp, comemorando a missão pelos países asiáticos e declarou que essa é uma ‘oportunidade de bilhões de dólares de investimento na área de agricultura, infraestrutura e outros’.

– Oportunidade de bilhões de dólares de investimento na área de agricultura, infraestrutura e outros. pic.twitter.com/VZF6ZeOzSh

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) October 24, 2019

Na China, mais ministros brasileiros se juntaram à comitiva presidencial, como a da Agricultura, Tereza Cristina, e o de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Os dois já estavam no país em reuniões com autoridades e empresários para tratar de oportunidades e aprofundamento das relações comerciais.

Para Albuquerque, a abertura do mercado de gás no Brasil, por exemplo, deve atrair mais investimentos chineses. “No setor de mineração, há empresas chinesas fazendo investimento no Brasil, principalmente na área de fosfato e nióbio e também de petróleo e gás, com exploração tanto no off-shore quanto no on-shore, em terra e no mar. E acreditamos que agora, com a abertura do mercado de gás, a China terá uma importante participação, principalmente na infraestrutura nesse importante setor, para a reindustrialização do país”, disse, em vídeo divulgado nas redes sociais da Presidência.

Para esta sexta-feira, 25, o presidente Jair Bolsonaro participará do Seminário Empresarial 45 anos construindo laços bilaterais, dirigido a empresários brasileiros e chineses. À tarde, no Grande Palácio do Povo, estão previstos encontros com o presidente Xi Jinping, com o primeiro-ministro Li Keqiang e com o presidente da Assembleia Nacional Popular, Li Zhanshu, bem como uma cerimônia de assinatura de atos bilaterais. À noite, está previsto jantar a ser oferecido pelo presidente Xi Jinping em homenagem ao presidente brasileiro.

Em seus encontros, os presidentes deverão revisar os principais aspectos da agenda bilateral, inclusive o processo de atualização do Plano Decenal de Cooperação (2012-2021) e de modernização da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), o principal mecanismo de coordenação e acompanhamento das relações entre os dois países.

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