O ritmo de comercialização da soja recuou significativamente no Brasil devido à disparidade entre o preço pedido por vendedores e ofertados por compradores. Além das incertezas quanto à produção mundial da safra 2019/2020, as desvalorizações do dólar frente ao real e dos contratos futuros na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram a diferença entre os valores.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), de um lado, produtores brasileiros continuam retraídos nas comercializações dos lotes remanescentes da safra 2018/2019 e limitam a oferta de contratos para 2020. Representantes de indústrias, por sua vez, sinalizam estar com os estoques reduzidos de grão, com lotes para esmagar até meados de novembro, apenas.
Quanto aos preços, pesquisas do Cepea indicam que embora tenham registrado queda, a média de outubro supera a de setembro, refletindo a maior demanda.