O julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a prisão após condenação em segunda instância foi acirrado até o fim. Coube ao presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, dar o voto de minerva. Ele definiu que condenados têm o direito de responder em liberdade até que tenham se esgotado todos os recursos judiciais.
Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) indicam que cerca de 5 mil presos podem ser beneficiadas. Entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, no âmbito da Operação Lava-Jato.
Para o cientista político da Tendências Consultoria Rafael Cortez, a saída de Lula da prisão deve agravar a polarização política no Brasil e dificultar o avanço das reformas econômicas. Segundo ele, o ex-presidente não deve tentar se eleger no pleito de 2022. “A decisão do triplex não é a única que pode impedir o ex-presidente de concorrer à presidência”, diz.