Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços em baixa para o grão, forte baixa para o óleo e em alta para o farelo, em mais um dia volátil.
Enquanto a demanda melhor pelo produto norte-americano atuou como fator de suporte, a ampla safra brasileira limitou o ímpeto comprador. Uma venda de soja dos Estados Unidos reforça os rumores de que a China teria comprado uma série de cargas nesta semana.
A falta de precisão na fala de Trump quanto a uma data para a assinatura de um acordo que pudesse aliviar a guerra comercial irritou traders que querem voltar logo a vender grandes volumes à China antes da colheita na América do Sul. Essa incerteza dos agentes pesou negativamente sobre os preços.
Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 106.000 toneladas de soja em grão para destinos não revelados, com entrega na temporada 2019/20.
A produção brasileira de soja em 2019/20 deverá ficar 120,86 milhões de toneladas, segundo o segundo levantamento para a safra brasileira de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A previsão representa um aumento de 5,1% sobre a temporada anterior, quando foram colhidas 115,03 milhões de toneladas. No levantamento anterior, a estimativa era de 120,393 milhões de toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com baixa de 1,75 centavo de dólar, ou 0,19%, a US$ 9,15 1/4 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 9,28 1/2 por bushel, perda de 1,75 centavo de dólar, ou 0,18%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo subiu US$ 1,80 por tonelada (0,59%), sendo negociada a US$ 304,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 30,53 centavos de dólar, baixa de 0,5 centavo ou 1,61%.