O mercado da soja permanece em compasso de espera por novidades relacionadas à guerra comercial entre Estados unidos e China. Paralelamente, os players acompanham a reta final dos trabalhos de colheita da nova safra dos EUA e aguardam por sinais de demanda pela soja do país norte-americano. O clima no Brasil fecha o quadro de fatores.
Acompanhe, abaixo, os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na próxima semana. As dicas são do analista Luiz Fernando Roque, da consultoria Safras & Mercado.
- Os últimos dias foram de notícias negativas com relação às negociações comerciais entre EUA e China. O mercado diminuiu seu otimismo frente a declarações de ambos os lados que indicam que ainda há desavenças entre os países em alguns pontos importantes das negociações. O presidente Donald Trump se mostra relutante em retirar as tarifas sobre produtos chineses durante a “fase um” do acordo, enquanto os chineses também relutam em aceitar cláusulas sobre produtos agrícolas e propriedade intelectual. Frente a isso, Chicago voltou a perder fôlego;
- Os players agora voltam a especular sobre a data de assinatura do acordo parcial, já considerando que poderá não ser assinado ainda em 2019 após os retrocessos recentes;
- O mercado espera que novas vendas de soja norte-americana para a China sejam anunciadas nos próximos dias, embora não devam envolver grandes volumes;
- O clima para a evolução do plantio e desenvolvimento inicial das lavouras no Brasil começa a ganhar peso como fator. Os trabalhos de plantio voltaram a evoluir em melhor ritmo após a chegada de uma maior umidade na faixa central do país. As previsões apontam para uma semana de boas precipitações em praticamente todo o país, o que deverá ser favorável para as lavouras já semeadas.