A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta terça-feira com preços acentuadamente mais baixos. Segundo traders, o mercado recuou acompanhando o forte movimento negativo do petróleo. Além disso, fatores técnicos exerceram pressão, em mais uma sessão volátil. O mercado chegou a esboçar ganhos, buscando recuperação após as perdas da segunda-feira, mas não manteve o movimento. Há atividade de rolagem de contratos de dezembro para março, o que contribuiu para a pressão sobre os preços, com o contrato março se alinhando à realidade que antes era vista na posição dezembro, em patamares mais baixos.
O cenário de ampla oferta global segue como fator baixista, com fortes embarques do Brasil e a chegada de importantes origens com safras novas ao final do ano, como Vietnã, Colômbia e países da América Central. E o mercado especula com safra recorde do Brasil em 2020. “O cenário fundamental continua favorável ao comprador”, destaca o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil
Barabach. O dólar firme contra outras moedas, especialmente de países emergentes, é fator de pressão, trazendo maior competitividade para as origens produtoras de café.
Os contratos com entrega em dezembro fecharam o dia a 102,70 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 2,85 centavos, ou de 2,7%. O contrato de março fechou a 106,15 cents, com queda de 3,05 centavos, ou de 2,8%.
Por Agência Safras