O mercado de milho na próxima semana deve ser influenciado pelo atraso na colheita do cereal nos Estados Unidos. O fluxo de retirada do milho das lavouras brasileiras também começa a entrar no foco das atenções dos players.
Confira abaixo as dicas do analista Paulo Molinari, da consultoria Safras & Mercado, sobre o que terá influência sobre as cotações de milho na semana que começa.
- A safra norte-americana tem atraso histórico de colheita, devendo se estender
até o final do mês; - Ajustes de produtividade para baixo ainda são possíveis, de acordo com o analista, devido ao outono com geadas e neve;
- O relatório Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a ser divulgado em dezembro e o de janeiro devem corrigir a safra;
- Ainda merece observação a falta de acerto na guerra comercial entre EUA e China;
- A redução dos embarques na exportação pelo Brasil a partir de janeiro pode abrir espaço para retomada das exportações dos EUA e ajudar os preços na Bolsa de Chicago (CBOT);
- O clima na América do Sul ainda não modifica o ambiente de preços na CBOT;
- No Brasil, o mercado para o cereal segue com preços bastante firmes. Mas há preocupação com a logística de fim de ano e a procura por lotes para atender à demanda de dezembro aumenta;
- O clima ainda é uma preocupação de produtores de milho desde o Paraná até o Matopiba; atraso e irregularidade das chuvas mantém a atenção sobre a safra de verão;
- Os embarques para exportação se aproximam de 5 milhões de toneladas em
novembro, e já há 1 milhão de toneladas confirmadas para dezembro, o que leva à estimativa de um recorde de envio anual que oscila de 38 milhões a 40 milhões de toneladas; - A safra de milho deverá começar a ser colhida em janeiro no Rio Grande do Sul, porém a demanda deve ser acelerada pelo grão novo;
- Nos demais estados, espera-se algum fluxo maior de colheita apenas a partir de
fevereiro/março; - O plantio tardio de milho “safrinha” será o ponto especulativo do primeiro semestre,
além do abastecimento ajustado, prevê o analista.