Política

Trump assina lei que interfere em política da China, e país ameaça retaliar

A medida acontece em meio a negociações entre Pequim e Washington, que tentam chegar à primeira fase de um acordo comercial

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O Ministério de Relações Exteriores da China criticou a assinatura das leis por Trump. Foto: Shealah Craighead/ White House

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, sancionou projeto de lei em apoio aos direitos humanos e à democracia em Hong Kong. A nova lei visa a checar possíveis violações, por parte do governo chinês, do alto grau de autonomia vivido por Hong Kong, sob o princípio de “um país, dois sistemas”. Ela também permite a imposição de sanções contra autoridades chinesas que reprimirem Hong Kong.

O projeto foi aprovado pelo Senado e pela Câmara dos Representantes na semana passada e sancionado por Trump nessa quarta-feira, 27. O presidente americano havia manifestado preocupação com os complicados esforços para fechar um acordo comercial com a China.

No entanto, membros do Congresso exortaram Donald Trump a sancionar a lei, que obteve apoio esmagador em ambas as casas. A medida aparece em meio a tentativas entre os dois países em assinarem um acordo para dar fim a guerra comercial, que acontece desde janeiro de 2018.

O Ministério de Relações Exteriores da China criticou a assinatura das leis por Trump, afirmando, em comunicado, que esse movimento “interferiu seriamente nos assuntos internos da China e violou seriamente o direito internacional e as normas básicas das relações internacionais”.

“Os assuntos de Hong Kong são puramente internos da China. Nenhum governo ou poder estrangeiro tem o direito de intervir”, diz a nota. “Aconselhamos os Estados Unidos a não agir arbitrariamente, ou a China irá reagir resolutamente”.

Pequim e Washington tentam chegar à primeira fase de um acordo comercial, mas ainda não alcançaram um entendimento sobre questões como a retirada de tarifas norte-americanas a produtos chineses e a compra de produtos agrícolas dos Estados Unidos pela China.

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