O mercado internacional de soja mantém as atenções centralizadas na guerra comercial entre Estados Unidos e China, segundo a consultoria Safras. Paralelamente, os players analisam sinais de demanda chinesa pela soja norte-americana e avaliam plantio e clima para o desenvolvimento inicial da safra brasileira 2019/2020.
O analista de mercado Luiz Fernando Roque listou o que pode mexer com os preços da oleaginosa na semana que vem. Veja as dicas abaixo:
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- Os aparentes retrocessos recentes nas negociações comerciais entre os governos dos EUA e da China, com ambos os lados subindo o tom sobre alguns pontos de divergência, diminuiu o otimismo do mercado com relação à assinatura da “fase um” do acordo;
. - Os players entendem, agora, que dificilmente o acordo parcial será assinado em 2019. Nem mesmo o convite recente feito pelo governo chinês para a retomada das negociações presenciais melhorou o humor do mercado;
. - O momento é renovação das incertezas e de pessimismo, mesmo que o mercado entenda que o acordo nunca esteve tão perto de ser assinado. A grande dúvida é: quando?
. - Lembramos que a próxima rodada de tarifas norte-americanas sobre produtos chineses ainda está marcada para o dia 15 de dezembro;
. - Embora a China continue comprando soja dos EUA, os volumes das últimas semanas são pouco relevantes perto do que se esperava. A baixa demanda chinesa continua como fator limitante para Chicago;
. - Os chineses continuam demandando soja brasileira em grandes volumes. Frente a isso, os prêmios de exportação continuam fortes no Brasil, ajudando a sustentar os preços internos;
. - Com a virtual finalização da colheita nos EUA, o mercado começa a olhar com mais atenção para a safra brasileira. Embora os trabalhos de plantio continuem atrasados em nível Brasil, o retorno da umidade a praticamente todos os estados produtores nos últimos dias deve ser benéfico para as lavouras;
. - A próxima semana também deve ser de umidade relevantes em boa parte dos estados;
. - A safra brasileira permanece com potencial recorde.
- Os aparentes retrocessos recentes nas negociações comerciais entre os governos dos EUA e da China, com ambos os lados subindo o tom sobre alguns pontos de divergência, diminuiu o otimismo do mercado com relação à assinatura da “fase um” do acordo;