A Somar Meteorologia indica que em janeiro algumas regiões do Brasil devem receber mais de 300 milímetros de chuva acumulada. De acordo com a meteorologista Heloísa Pereira, se no começo da safra em algumas áreas sofreram com o tempo seco, a partir do próximo mês as precipitações voltam com força.
“Nós teremos um janeiro extremamente chuvoso, com grande frequência de chuva e vários dias com o tempo bastante instável. Com isso, as atividades de campo podem ser prejudicados”, afirma. A expectativa é que as chuvas atinjam áreas do sul de Minas Gerais, centro e norte de São Paulo e oeste do Paraná.
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Em Londrina (PR), por exemplo, as lavouras podem registrar 23 dias de chuva em janeiro. “O produtor que quiser realizar o trabalho de campo pode enfrentar alguma dificuldade. A gente observa mais de oito dias com chuva acima de 12 milímetros”, afirma Pereira.
Já em março, as chuvas que antes estavam no Centro-Sul atrapalhando o milho safrinha sobem para o centro e Norte do Brasil. “Todo ano, em março e abril, nós vemos a BR-163 e o Centro-Norte sofrendo com excesso de precipitações. Isso pode acontecer novamente”. Áreas entre o Tocantins, norte de Mato Grosso podem registrar chuvas acima de 300 milímetros.
Para abril, a previsão do tempo é de chuvas expressivas entre o norte de Mato grosso, Tocantins e grande parte do sul do Piauí e Maranhão. “Essa chuva pode atrapalhar o desenvolvimento final do algodão, que vai estar abrindo pluma. A gente sabe que nessa fase muita chuva prejudica o algodão”, comenta Heloísa.
Tendência
De acordo com a Somar, os modelos meteorológicos indicam grandes volumes acumulados de chuva nos próximos meses, causando transtornos para o produtor rural do Centro-Norte e Centro-Sul do Brasil.