A assinatura do acordo comercial entre Estados Unidos e China, marcado para acontecer no dia 15 de janeiro, deve trazer prejuízos ao Brasil no curto prazo. Para o economista Roberto Troster, os norte-americanos deverão pedir aos chineses para realizarem mais compras de produtos agrícolas.
Porém, segundo ele, no médio prazo, todos saem ganhando. “Isso (guerra comercial) foi um freio na economia global que gerou uma desaceleração em 2019”, lembra ele.
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Ele afirma ainda que um estudo do Federal Reserve (FED), que é o banco central americano, mostrou que a política de Donald Trump com a China trouxe mais prejuízo do que benefício. “Empregos foram perdidos e as tarifas colocadas pensando em proteger a indústria dos EUA acabou resultando em aumento dos custos e retaliação dos chineses”, comenta.
A expectativa para 2020 é que o presidente dos Estados Unidos faça mais anúncios sobre a negociação comercial. “Neste ano, tem eleições por lá e o Trump está atrás de três concorrentes. Então ele vai querer fazer alguma coisa, posi normalmente candidatos à presidência quando estão perdendo tentam fazer algo para trazer a atenção para si”, projeta.