Cidades do Rio Grande do Sul estão com problemas de abastecimento por causa da falta de chuva desde o ano passado. Caminhões-pipa estão sendo requisitados pelas prefeitura para contornar a situação. Na agricultura, houve perdas na produção de tabaco, milho, soja, feijão, pecuária, arroz e pastagens.No Rio Grande do Sul, as lavouras do norte estão com índices de umidade do solo na casa dos 60%, mas na faixa sul a situação é de menor disponibilidade hídrica por conta da estiagem que percorre boa parte do estado. Em Santa Catarina e no Paraná, os índices de umidade do solo se mantêm elevados. Existe uma frente fria que se aproxima do Rio Grande do Sul nas próximas horas, mas o sistema vai passar muito rápido e novamente não vai levar chuva generalizada para as áreas agrícolas. “Em duas semanas, há previsão de 3 frentes frias pelo Sul do Brasil. O que não podemos esquecer é que por se tratar de uma verão neutro, quem manda justamente é a alternância de períodos mais úmidos com períodos mais secos”, avisa o meteorologista Paulo Etchichury.
Nesta terça-feira, 7, a frente fria avança e a chuva segue ganhando intensidade. Há potencial para temporais desde o norte do Rio Grande do Sul até o Paraná. Nestes locais, há potencial para granizo, mesmo que a chuva não seja volumosa.Em contrapartida, após o avanço da frente fria, uma nova massa de ar seco chega ao Rio Grande do Sul, o que vai deixar muito produtor descontente. O sistema é responsável por inibir a formação de instabilidades, e com isso, o tempo firme volta a predominar em toda a fronteira com o Uruguai.
Na quarta-feira, 8, a frente fria já se afasta da região Sul do Brasil e vai em direção ao Sudeste. A expectativa é de chuva sobre a maior parte da região, desde o norte do Rio Grande do Sul até o norte do Paraná, onde os produtores vão registrar volumes mais elevados de chuva. “no Rio Grande do Sul, a chuva continua localizada, com baixos acumulados e a temperatura elevada neste período, o que acaba não contribuindo para manutenção da umidade do solo”, falou.