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Cenário ideal para a soja: previsão é de chuva no RS e tempo seco em MT

Meteorologia promete melhores condições para dar andamento à colheita na área central do país e umidade para o desenvolvimento da safra gaúcha

Por conta das chuvas e do atraso no início do plantio, a colheita da soja atinge apenas 0,4% da área plantada no Brasil até o momento. Os trabalhos de campo estão atrasados em relação aos últimos anos, já que, no mesmo período de anos anteriores, a média de colheita era de 0,7%.

Os últimos sete dias foram marcados por chuva frequente e com volumes significativos no Sul, em São Paulo e no Centro-Oeste. No Matopiba, os maiores acumulados foram registrados no oeste da Bahia e no Tocantins, com valores em torno de 50 milímetros acumulados ao longo da semana. Houve aumento na produtividade esperada na maioria dos estados, com destaque para Paraná e Goiás. No Rio Grande do Sul e no Matopiba, em contrapartida, foram feitos cortes nas projeções, devido ao tempo quente e seco enfrentado em dezembro.

A situação tende a melhorar para o Centro-Oeste, que está enfrentando muita chuva, o que atrasa a colheita de soja. As expectativas também são boas para o Rio Grande do Sul, que ainda precisa de umidade para o desenvolvimento final do grão. Para a semana que vem, os modelos de previsão do tempo se mostram mais otimistas. A chuva tende a ser um pouco mais frequente, inclusive ao longo da segunda quinzena de fevereiro.

“De domingo (9) para segunda-feira (10), há inclusive previsão de alguns episódios de chuva forte no Rio Grande do Sul, mas ela vai acontecer de forma pontual”, diz Desirée Brandt, meteorologista da Somar.

Entre 10 e 14 de fevereiro, a umidade ainda estará concentrada no Sudeste, onde está posicionado o corredor de umidade, portanto os sistemas que passarem pelo Sul não conseguem suporte. A situação melhora um pouco depois do dia 15 no Rio Grande do Sul, com a chuva mais generalizada. Até lá, o tempo não fica completamente seco, mas o que está previsto não ajuda em nada o déficit hídrico.