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‘Criticam o agro, mas áreas urbanas acabaram com o meio ambiente’, diz Daoud  

Comentarista Miguel Daoud fala sobre o caos que a chuva provocou em São Paulo, inviabilizando o maior entreposto de abastecimento do Brasil

Uma enchente que atingiu a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na capital paulista, fez com que sete mil toneladas de alimentos foram perdidas. A estimativa é que os atacadistas tenham prejuízo de aproximadamente R$ 20 milhões.

Na opinião do comentarista Miguel Daoud, esse tipo de evento em São Paulo não é novidade e as perdas são reflexo da falta de preocupação do centro urbano com o meio ambiente. “Quando se faz um projeto em determinada região, levanta-se a quantidade de chuva que cai por lá e não é novidade para a cidade de São Paulo essa quantidade de chuva”, disse.

Segundo ele, o problema envolvido na questão é que ambientalistas ficam de olho no que é feito no campo, enquanto as cidades acabam por destruir todos os recursos naturais, o que provoca alagamentos como o que ocorreu na capital paulista. “O campo é diariamente condenado por ambientalistas. Se um produtor rural resolver mexer em uma árvore, leva multa e, mesmo com a autorização do Ibama, se resolver fazer uma queimada, será novamente punido. O mesmo não ocorre nas cidades”, comentou.

“Quando um prefeito de São Paulo falou em plano de saneamento, descarte de lixo? Sempre que um prédio é construído, não se leva em conta a qualidade de absorção  de água por solo. Depois quando chove, todos ficam lamentando a quantidade de água que caiu”.

Apesar do prejuízo, Miguel Daoud acredita que não faltará alimentos para abastecer o Brasil. No entanto, alguns produtos devem ficar mais caros para o consumidor.