O dólar comercial fechou em alta de 0,11% no mercado à vista, cotado a R$ 4,365 para venda, renovando a máxima histórica pelo segundo pregão seguido, acompanhando o exterior onde a moeda estrangeira segue fortalecida em meio às incertezas dos efeitos do coronavírus.
O diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, comenta que seguiu um movimento “forte” de proteção no mercado doméstico. Enquanto lá fora, segue a preocupação com o mercado global, mesmo com o recuo nos casos confirmados de coronavírus, diz o diretor de câmbio do grupo Ourominas, Mauriciano Cavalcante.
Para o economista da Guide Investimentos, Alejandro Ortiz, o real deverá continuar com a tendência depreciativa no curto prazo. “Fica também a expectativa do Banco Central entrar no mercado de novo com os novos recordes de fechamento”, ressalta. Cavalcante, por sua vez, acrescenta que a autoridade monetária não deverá intervir no câmbio antes do feriado.
“Não creio que a autoridade monetária entraria neste momento. O movimento na semana passada foi diferente, o mercado estava bastante especulativo. Agora não está mais assim. E acho difícil o Banco Central entrar antes do carnaval já que está tendo muita proteção”, diz.
Nesta quinta, na abertura dos negócios, investidores devem reagir ainda à decisão de política monetária do Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do país).