Em mais um dia de tensão por causa do impacto do novo coronavírus sobre a economia, o mercado financeiro voltou a registrar turbulências. Em alta pela sétima sessão seguida, o dólar voltou a fechar no maior valor nominal desde a criação do real, a R$ 4,475.
A moeda norte-americana operou em alta durante toda a sessão. Na máxima do dia, por volta das 11h40, a cotação chegou a R$ 4,50. Desacelerou no início da tarde e chegou a R$ 4,45 por volta das 15h30, mas operou ao redor de R$ 4,47 nas horas finais de negociação.
Desde o começo do ano, o dólar acumula valorização de 11,52%. O euro comercial fechou o dia vendido a R$ 4,924, com alta de 1,63% nesta quinta-feira. Com isso, o setor agrícola já especula quais os impactos a moeda pode causar nos preços praticados nos portos.
“Com essa alta repentina da moeda, as tradings e as esmagadoras tentam diminuir o prêmio para tentar originar a soja pagando quase o mesmo preço de antes. Por outro lado, os produtores recuam nas ofertas, esperando preços mais fortes. Se os preços não sobem, as origens vão cumprir os contratos”, explicou o analista de mercado da Terra Agronegócio, Enio Fernandes.