Minutos após o fechamento dos mercados nesta terça-feira, 3, o Banco Central do Brasil divulgou uma nota dizendo que monitora atentamente os impactos do surto de coronavírus na economia brasileira. A entidade informou ainda que as próximas duas semanas vão permitir uma avaliação mais precisa dos efeitos da doença na política monetária.
Após o comunicado, aumentou a expectativa dos investidores para um novo corte na taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para 17 e 18 deste mês.
Nesta terça, o Federal Reserve (FED), banco central dos Estados Unidos, reduziu para a faixa de 1% a 1,25% a taxa de juros no país em uma reunião extraordinária. A medida acontece como uma tentativa de conter os impactos do coronavírus na economia norte-americana.
O comentarista do Canal Rural Miguel Daoud faz um alerta para a gravidade da situação, já que a última vez que o banco central dos Estados Unidos reduziu os juros em reunião extraordinária foi na crise de 2008.
“A ideia de diminuir os juros é que com isso, o custo do dinheiro fica menor. Você aumenta os investimentos e o consumo em uma tentativa de anular os efeitos do coronavírus na economia”, explica.
Ele ressalta ainda que há nos Estados Unidos uma forte pressão do presidente Donald Trump para que a economia não sofra os impactos da doença, em um ano de eleições.