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RS: colheita da soja avança, prejuízos aparecem e pedidos de Proagro aumentam

Segundo a Emater-RS, várias regiões estão avançando nos trabalhos de retirada do grão e consolidando as perdas previstas

lavoura de soja precoce
Foto: Leonardo Muller/arquivo pessoal

Conforme levantamento semanal, divulgado pela Emater-RS, 4% das lavouras de soja do Rio Grande do Sul já foram colhidas. O ritmo é mais rápido que o da mesma época do ano passado, e igual a média histórica. Segundo a entidade, até o dia 03 de março, a Emater-RS recebeu solicitação para realização de 221 perícias de Proagro para a cultura da soja.

As áreas estão nas fases: 2% em desenvolvimento vegetativo, 11% em floração, 60% na fase de enchimento de grãos, 23% maduro. Segundo a entidade, até o dia 03 de março, a Emater-RS recebeu solicitação para realização de 221 perícias de Proagro para a cultura da soja.

Ijuí

Por lá, 69% das lavouras estão em enchimento de grãos, 29% na fase de maturação e 2% já foram colhidas. A cultura tem evoluído rapidamente para o terço final do enchimento de grão e maturação. Várias lavouras apresentam coloração amarela devido ao estádio de maturação.

Segundo a entidade, a fase atual da cultura é de grande necessidade de água para o enchimento de grãos. Como as precipitações estão desuniformes tanto em volumes como em relação às áreas atingidas, a cultura da soja tem apresentado grande variabilidade nos potenciais produtivos. As lavouras implantadas em meados de outubro têm resultado baixa produtividade.

“Nos municípios mais atingidos pela estiagem, as produtividades alcançam entre 15 e 20 sacas por hectare. Nos beneficiados por chuvas regulares, as produtividades giram em torno de 45 a 50 sacas por hectare. A variabilidade depende do manejo realizado e das tecnologias utilizadas. Os fatores que se destacam para a diminuição de potencial produtivo são a irregularidade das precipitações e o calor excessivo, que têm provocado redução do tamanho do grão e queda prematura de vagens.”

Santa Rosa

A cultura se encontra em 5% em desenvolvimento vegetativo, 9% em floração, 75% em enchimento de grãos, 10% em maturação e 1% já está colhido.

Segundo a entidade, grande parte da colheita é esperada para a primeira quinzena de abril, quando as variedades de ciclo médio, implantadas em novembro, alcançarem a maturação.

Em geral, a condição das lavouras é satisfatória até o momento, aponta o levantamento. Entretanto, a redução de chuvas pode levar ao abortamento de vagens e à redução do peso dos grãos, causando prejuízos às lavouras que, até o momento, estão com ótimas condições de desenvolvimento.

“O estresse hídrico das plantas nas horas mais quentes do dia durante vários dias seguidos afeta o enchimento final dos grãos; consequentemente, haverá menor produção por área.”

Santa Maria

A maior parte das lavouras se encontra em período reprodutivo, cuja exigência é maior em termos de umidade e nutrientes para a planta. Na ocasião da implantação de algumas áreas, houve problemas de germinação e/ou morte de plântulas, com necessidade de replantios. Nessas áreas, ocorreu desuniformidade e baixo estande de plantas, implicando diretamente no rendimento produtivo das lavouras.

Bagé

A cultura é plantada mais cedo na Fronteira Oeste e Missões, onde 4% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 90% em estádio reprodutivo (floração e enchimento de grão) e 6% em maturação. Nos municípios ao sul e no centro da região, 30% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo e 70% em floração e enchimento de grãos.

Segundo a Emater, na área central, há perdas ocasionadas pela estiagem, que poderão ser agravadas. “A produtividade esperada nas lavouras do regional varia de acordo com as microrregiões e os solos, sendo que na Fronteira Oeste, Central e Missões pode-se chegar até três toneladas por hectare em áreas irrigadas com pivô; na Campanha e Sul, chega a 2,5 toneladas por hectare.”

Soledade

Por lá, 75% das lavouras se encontra nas fases de formação de vagens e enchimento de grãos; a ocorrência de chuvas na terça-feira (25) e durante a semana, embora irregulares, atingiram grande parte da região e amenizaram o estresse hídrico da cultura.

“Apesar disso, os produtores afetados pela estiagem estão solicitando Proagro, principalmente nas lavouras formadas com cultivares de ciclo mais curto e semeadas no cedo, que tiveram perdas elevadas devido à falta de chuva nas fases críticas da cultura. Em geral, o estado fitossanitário é bom, com baixa incidência de doenças devido ao clima seco desfavorável às mesmas.”

Frederico Westphalen

Por lá, 5% das lavouras estão na fase de desenvolvimento vegetativo, 11% em floração, 57% na fase de enchimento de grãos, 20% em maturação e 7% das lavouras foram colhidas.

Com a volta das chuvas nos últimos dias, a cultura teve uma boa recuperação, principalmente as semeadas a partir de novembro, afirma a Emater.

“Até o momento, as áreas mais atingidas pela estiagem são aquelas de solos rasos. A colheita está sendo iniciada em algumas áreas da região, nas quais a produtividade chegou a 3.140 quilos por hectare.”

Erechim

Por lá, 60% da cultura encontra-se em enchimento de grãos, 30% em maturação e 10% delas já foram colhidas. O aspecto geral é muito bom. A produtividade alcançada é de 3.156 quilos por hectare.

Caxias do Sul

As chuvas da última semana de fevereiro recuperaram em parte o potencial de rendimento da soja; porém, na maioria das lavouras, há algum prejuízo com abortamento de vagens pontua a entidade.

“Nas áreas mais do cedo, em estágio mais próximo da colheita, a maturação é bastante desuniforme; as lavouras têm apresentado plantas mortas, grãos desuniformes e vagens ainda verdes, porém já sem folhas, indicando grande queda no rendimento e na qualidade de grãos.”

Pelotas

As lavouras estão predominantemente em enchimento de grãos (46%) e em floração (42%), justamente as fases mais críticas ao déficit de água.

“As precipitações no geral têm sido insuficientes para as necessidades da cultura. Mesmo que os cultivares sejam de ciclo indeterminado, ou seja, com floração, formação de vagens e enchimento de grãos durante um período bem mais alongado, as perdas de produtividades já acontecem e estão se intensificando.”

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