A falta de chuvas reduziu o percentual de lavouras de soja em boas a excelentes condições na Argentina, conforme o relatório semanal da Bolsa de Cereais de Buenos Aires. Segundo o levantamento, o índice de condições hídricas entre ótimas e adequadas condições caiu de 96,2% para 76,55 somente nos últimos sete dias. As lavouras entre boas e excelentes condições despencou de 68,8% para 49,6%.
A falta de chuvas e as altas temperaturas registradas nos últimos dias aceleram a perda de umidade na soja e comprometem o rendimento da colheita, afirma a Bolsa de Cereais da Argentina.
“Até o momento, estima-se que 43% da área plantada não esteja passando por nenhum estresse hídrico. No entanto, boa parte dos outros 57% estão apresentando rendimentos sob condições de estresse hídrico, causando uma redução na produtividade da colheita. Nesse cenário, é descartada a possibilidade de futuros aumentos de produção”, diz a entidade.
Segundo a Bolsa de Cereais, a previsão de curto prazo também não é animadora e nesse cenário, a projeção de 54,5 milhões de toneladas estimadas inicialmente torna-se um limite máximo para a campanha atual, com aumentos futuros descartados.
“À medida que as chuvas continuam se atrasando, as perdas de produção pioram. De acordo com nosso relatório climático de curto prazo, ventos quentes continuarão a prevalecer nos próximos dias, o que elevará as temperaturas acima dos valores normais para o tempo”, diz a Bolsa de Cereais da Argentina.