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Sementes NK voltam ao mercado brasileiro após 10 anos

O Canal Rural foi até os EUA e conversou com o presidente global do setor de sementes da Syngenta, Jeff Rowe, sobre os planos da empresa para o agronegócio brasileiro

O mercado de sementes é considerado um dos mais estratégicos para a agricultura mundial, utilizando a tecnologia para garantir cada vez mais qualidade na produção de grãos. Nos Estados Unidos, uma das líderes mundiais do segmento recebeu a equipe do Canal Rural e mostrou algumas das novidades que devem chegar ao campo já nos próximos anos.

Quem vive da agricultura sabe que o planejamento das safras começa muito antes do plantio, já com a compra de insumos. Por trás de culturas como soja e milho, as empresas investem pesado para fornecer ao produtor rural sementes capazes de enfrentar adversidade, principalmente as climáticas.

A poucos quilômetros de Chicago, nos EUA,  a Syngenta reuniu líderes globais para anunciar planos de lançamento de sementes para os próximos anos, incluindo a nova linha de produtos que já chegou aos produtores de Brasil, Paraguai e Argentina.

Em um recado dado diretamente para o produtor rural brasileiro, o presidente global do setor de sementes da Syngenta, Jeff Rowe, contou que está com boas expectativas para os investimentos no nosso país nos próximos anos. “Estou incrivelmente empolgado com o nosso portfólio e todos os novos produtos que estamos trazendo ao mercado. Estou muito confiante de que o agricultor brasileiro ficará satisfeito ao ver nossos novos produtos. Estou empolgado com o lançamento da semente NK e o que isso significa para os agricultores, à medida que continuam progredindo e expandindo suas operações”, disse.

De fato, o retorno da semente NK ao mercado brasileiro depois de 10 anos de ausência é uma das grandes apostas da empresa. A decisão se consolidou após uma pesquisa realizada com 400 produtores brasileiros e, agora, a perspectiva é lançar, nos próximos anos, diversas variedades de milho e soja pensadas nas plantações do Brasil.

“Nós rodamos essa pesquisa com mais de 400 produtores brasileiros para entender a abertura que teriam de trazer de volta a marca  NK depois de 10 anos e, para nossa feliz surpresa, mais da metade deles e conheciam a marca e se mostraram muito abertos em recomprá-la”, disse a gerente de comunicação da NK, Tatiana Cunha.

Jeff Rowe Syngenta
Jeff Rowe, presidente global do setor de sementes da Syngenta. Foto: Fábio Santos/Canal Rural

Investimento em escala global

O planejamento começa em solo norte-americano, mas os investimentos chegam até o Brasil com um aporte de US$ 80 milhões de dólares até 2021, que serão utilizados para aperfeiçoar a linha de produtos, além de garantir cada vez mais pesquisa e desenvolvimento em solo brasileiro.

“O mercado brasileiro é um dos nossos maiores mercados no mundo, tanto para defensivos como para sementes. Portanto, continuamos a investir pesadamente no Brasil e estamos em busca de novas soluções e novas inovações”, disse Jeff.

E mesmo com um clima tão diferente, pesquisadores nos EUA estão focados em entender o ciclo de chuvas em lugares como Paraná, Mato Grosso e Bahia. afinal, boa parte do que é produzido por lá, logo estará espalhado nos campos de todo o Brasil.

“Pessoalmente, acredito que uma das melhores coisas que os agricultores podem fazer neste momento é continuar investindo em inovação. Então, trazemos novos produtos no mercado, que talvez sejam mais tolerantes à seca ou produtos com maior resistência aos insetos”, concluiu .

* A reportagem do canal rural viajou aos EUA a convite da Syngenta