Economia

Dólar desacelera e opera abaixo de R$ 4,90 após leilões do Banco Central

Ao longo da manhã, foram realizados três leilões de venda de dólares no mercado à vista com a oferta de US$ 4,75 bilhões, no qual US$ 1,6 bilhão foram aceitos

Após abrir os negócios no limite de alta, acima do patamar de R$ 5 pela primeira vez na história, o dólar comercial desacelerou, mas mantém a forte valorização após o Banco Central intervir no mercado por três vezes ao longo da manhã por meio de leilões de venda de dólares no mercado à vista. “Os leilões do Banco Central ajudaram a segurar a moeda abaixo de R$ 5”, comenta o diretor da Correparti, Ricardo Gomes.

Ele acrescenta que, em meio ao estresse global, ‘não há muito’ o que a autoridade monetária possa fazer. “Eles mostraram o que podem fazer”, diz. Ao longo da manhã, foram realizados três leilões de venda de dólares no mercado à vista com a oferta de US$ 4,75 bilhões, no qual US$ 1,6 bilhão foram aceitos.

Os ativos globais têm forte estresse na sessão com o mercado acionário acumulando fortes quedas e com negócios suspensos (circuit breaker) nos Estados Unidos e na bolsa brasileira, por duas vezes. Mais cedo, o Banco Central Europeu (BCE), não indicou afrouxamento monetário, como é esperado.

“O fluxo de notícias negativas continua impondo pressão nas bolsas de valores. O presidente [norte-americano, Donald] Trump não divulgou na quarta, 11, as medidas prometidas para estimular a economia dos Estados Unidos para combater o coronavírus, mas suspendeu as viagens da Europa ao país, o que não foi bem recebido pelos investidores”, reforça o analista da corretora Mirae Asset, Pedro Galdi.

Às 12h02 de Brasília, o dólar à vista operava em alta de 3,26%, negociado a R$ 4,873 para venda, depois de oscilar na mínima de R$ 4,850 (+2,75%) e máxima de R$ 5,029 (+6,55%). O contrato para abril subia 1,12%, a R$ 4,878.