A semana já começa quente, a exemplo da anterior. O mercado ainda segue de olhos nos impactos econômicos que o coronavírus gera no mundo. Segundo o analista de mercado, Luiz Fernando Gutierrez, a tendência é que os preços da soja no Brasil sigam bastante atraentes, puxados pela alta do dólar. Acompanhe abaixo outros fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja nesta semana.
- O mercado de soja mantém as atenções centralizadas na evolução da pandemia de coronavírus ao redor do mundo e suas consequências para a economia global. A questão envolvendo a produção mundial de petróleo também permanece no radar. Além disso, players acompanham a colheita da safra na América do Sul;
. - O mercado financeiro deve continuar bastante volátil nos próximos dias, respondendo diretamente a notícias e ações governamentais derivadas do coronavírus. A grande dúvida continua sendo qual será o verdadeiro impacto econômico da pandemia nas principais economias do mundo. Medidas como restrições e paralisações de alguns setores de grandes economias tendem a trazer um impacto relevante para o crescimento do PIB mundial nesta temporada;
. - A Europa se tornou, agora, o atual epicentro da pandemia. Esta notícia contrasta com o recente anúncio de que a evolução da doença já está controlada na China, o que é visto com bons olhos. Apesar disso, o mercado deve continuar nervoso diante dos primeiros números econômicos após início da epidemia no país asiático. No domingo, dia 15, a China deve divulgar seu índice de produção industrial de fevereiro, auge da disseminação da doença no país. É esperada uma grande queda neste índice, o que pode voltar a assustar os mercados;
. - Chicago deve continuar acompanhando o mercado financeiro. Não há força para a retomada do patamar de US$ 9,00 por bushel nos próximos dias. Apesar disso, os problemas climáticos que atingiram o Rio Grande do Sul e algumas províncias argentinas, e que estão reduzindo os potenciais produtivos da safra do Brasil e da Argentina, podem trazer algum suporte, mesmo que pontual;
. - Assim como Chicago, o câmbio também responderá aos novos capítulos do coronavírus e petróleo, permanecendo bastante volátil. Não há tendência definida, mas o momento continua indicando firmeza na cotação do dólar frente à moeda brasileira.
“Com o dólar elevado, acima dos R$ 4,90, a tendência é que os preços no Brasil seguirão bastante atraentes para os produtores. De fato o mercado internacional seguirá afetando as cotações em Chicago, que podem sim vir abaixo dos US$ 8,20 por bushel, mas o dólar compensará essa baixa”, diz Gutierrez.