Agronegócio

Ministério da Economia vê atraso no fluxo de mercadorias com Uruguai e Argentina

Medidas para conter o avanço do novo coronavírus impactaram o gerenciamento de fronteiras que, antes, acontecia de modo integrado

De acordo com o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Orlando Ribeiro, nos próximos dois dias, produtores devem encontrar dificuldades na comercialização de produtos feitos por transporte de carga terrestre para a Argentina e o Uruguai. “Servidores do Uruguai e da Argentina estão diminuindo número de pessoas fazendo despachos e, por isso, pode haver atrasos”, complementou o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, José Guilherme Leal.

Nesta quinta-feira, 19, o Governo Federal publicou uma portaria restringindo o acesso de estrangeiros vindos da Argentina, Paraguai, Colômbia, Bolívia, Peru, Guiana, Guiana Francesa e Suriname por meios terrestres no prazo de 15 dias. A fronteira com a Venezuela já havia sido fechada para pessoas no dia anterior. Com isso, produtores rurais entraram em alerta para possíveis conflitos na exportação e importação de produtos.

“Estamos fazendo levantamentos sobre possíveis interrupções de fluxos de mercadorias. Até ontem [quinta-feira, 19] não havia nenhuma dificuldade identificada. Dentro da Secretaria de Defesa Agropecuária temos um grupo acompanhando os impactos do Coronavírus diariamente”, reforçou Leal.

Em relação à logística interna, por conta das medidas de prevenção adotadas em Santa Catarina, o ministério identificou a dificuldade de entrada de um material genético suíno no estado. O produto vindo de São Paulo já havia passado pelo período de quarentena imposto pelo Mapa, mas ainda assim não estava sendo liberado. A superintendência do ministério foi acionada e está solucionando o problema junto aos fiscais estaduais.

O secretário de Defesa Agropecuária informou que, a pedido da ministra Tereza Cristina, todas as secretarias estão atentas sobre dificuldades que possam surgir em meio à crise de pandemia. Leal ainda destacou que fiscais do MAPA não irão interromper os trabalhos, no interior do país, em atividades essenciais como laboratórios, frigoríficos, portos e aeroportos.