A cerimônia contou com a presença de ministros, ex-diretores do Banco Central, banqueiros e investidores. Henrique Meirelles se despediu da instituição, após oito anos no comando. Ele falou da estabilidade econômica, da inflação e defendeu, quando necessário, elevar os juros para controlar o crédito e permitir o crescimento sustentável do país.
? Ciclos de aquecimento econômico e a necessidade de subir juros são parte do processo normal de trabalho do BC, não devem ser vistos com alarde ou como sinal de que algo está errado. Juros sobem e descem, segundo o ciclo monetário ? disse o ex-presidente da entidade, Henrique Meireles.
Alexandre Tombini assume o Banco Central num momento em que a equipe econômica do governo sinaliza que é preciso elevar a taxa de juros da economia para conter gastos e controlar a inflação. No discurso de posse, o novo presidente mostrou que está em sintonia com a administração anterior.
? Ao assumir a presidência do Banco Central do Brasil, reafirmo o compromisso de desempenhar minhas atribuições e determinação, visando o cumprimento das missões legais e institucionais, em especial assegurar a estabilidade da moeda de compra e garantir um sistema sólido e eficiente ? disse Tombini.
A decisão de elevar a taxa Selic, atualmente em 10,67%, pode ser tomada na primeira reunião do Comitê de Política Monetária, comandada por Tombini, que está marcada para 18 e 19 de janeiro.