Pelo quinto mês seguido, a Aprosoja Brasil reduziu sua estimativa para a safra 2019/2020 de soja. Agora em abril a entidade estima uma produção de 120,1 milhões de toneladas, ainda recorde. A principal razão é a forte quebra da safra de soja no Rio Grande do Sul.
O montante atual representa um aumento de 4% ante as 115 milhões de toneladas do ano passado e garante o Brasil na liderança entre os maiores produtores do grão do mundo. A frente dos Estados Unidos (97 milhões de toneladas) e Argentina (52 milhões de toneladas).
Ainda assim, esta é a quinta redução seguida nas projeções mensais da entidade. Em março a entidade previa a colheita de 121 milhões de toneladas, em fevereiro 123 milhões, em janeiro, 124 e em dezembro 124,5 milhões de toneladas.
No levantamento por estados da Aprosoja é possível notar um grande corte na safra do Rio Grande do Sul, que agora deve colher no máximo 10,4 milhões de toneladas, quase 47% a menos que as 19,1 milhões de toneladas da temporada passada. Segundo a Aprosoja, aliá, é o único estado a ter corte na produção.
Mato Grosso segue como maior produtor do grão com a colheita de 34 milhões de toneladas (5% a mais que em 2019). Uma curiosidade é que com a quebra dos gaúchos, Mato Grosso produzirá mais soja que os três estados da região Sul juntos (33,5 milhões de toneladas), ou que a soma de tudo que produzirá o Norte, Nordeste e Sudeste (28,4 milhões de toneladas).
Outra mudança é que, com a quebra no Rio Grande do Sul, Goiás passa a ser o terceiro maior produtor de soja do país (12,5 milhões de toneladas) e Mato Grosso do Sul (11,3 milhões de toneladas) o quarto maior.