O mercado físico do boi gordo permanece com preços enfraquecidos. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o viés de baixa é mais acentuado nas regiões Centro-Oeste e Norte, com uma diferença significativa para mais nos preços na
região Sudeste. “Sazonalmente, a oferta de animais terminados é mais escassa nesta época do ano em São Paulo, o que leva os principais frigoríficos locais a buscar boiadas em outras regiões”, assinalou.
A percepção ainda é de enfraquecimento da demanda avaliando as mudanças de padrão de consumo em meio ao distanciamento social, com o fechamento de restaurantes, redes hoteleiras e outros estabelecimentos. “O que deve ser destacado é que a China voltou a importar volumes substanciais de proteína animal, o que oferece alento ao mercado neste momento de grande incerteza, enquanto os frigoríficos pagam valores mais acentuados para animais padrão China”, pontuou Iglesias.
Em São Paulo, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 195 a arroba, estáveis. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços caíram de R$ 185 a arroba para R$ 184. Em Dourados, Mato Grosso do Sul, os preços ficaram R$ 179 – R$ 180 a arroba, inalterados. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 180 a arroba, estável. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 171.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram de estáveis a mais baixos. O escoamento entre as cadeias continua moroso, com latente dificuldade na comercialização das linhas premium, já que o consumidor médio em época de confinamento dá preferência aos cortes de frango congelados, além dos embutidos e dos ovos.
Assim, o corte traseiro teve preço de R$ 13,50 o quilo. A ponta de agulha ficou em R$ 10,70 o quilo. Já o corte dianteiro recuou de R$ 11,35 o quilo para R$ 11,30 o quilo.