A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para investigar o ministro da Educação, Abraham Weintraub, por possível crime de racismo contra a China.
De acordo com documento entregue à Suprema Corte, assinado pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques, o ministro teria “veiculado no dia 4 de abril próximo passado, e posteriormente apagado, manifestação depreciativa, com a utilização de elementos alusivos à procedência do povo chinês, no perfil que mantém na rede social Twitter”.
À época, a publicação de Weintraub gerou uma forte reação da Embaixada da China no Brasil. “Deliberadamente elaboradas, tais declarações são completamente absurdas e desprezíveis, que têm cunho fortemente racista e objetivos indizíveis, tendo causado influências negativas no desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil”, manifestou a entidade, no Twitter.
A tensão deixou entidades e lideranças do agronegócio preocupadas com a relação comercial entre os dois países. O gigante asiático é o principal destino das commodities exportadas pelo brasil, como soja e carnes.
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