Um bloqueio atmosférico sobre o oceano Pacífico restringe as frentes frias chuvosas à Argentina. Assim, praticamente todo o Centro-Sul do Brasil fica sob uma massa de ar mais seco, que mantém maior amplitude térmica.
O tempo seco fragiliza ainda mais o solo, cuja umidade tende a diminuir bastante, com destaque para o Rio Grande do Sul. Nesse estado, a perda de umidade impacta diretamente nas pastagens e nos tratos culturais relativos à instalação das culturas de inverno.
Destaque também para a pouca chuva prevista para Mato Grosso, sobretudo nas áreas pantaneiras. Há potencial para dificuldades no desenvolvimento do milho segunda safra, pastagens e manejo de animais. A chuva mais significativa fica restrita ao norte do estado, perto do Pará. Em Goiás, a mesma situação: tempo seco no sul e chuvas no norte.
No Matopiba, a semana ainda terá chuvas com bom volume no leste do Pará, Tocantins e Maranhão, mas com poucas precipitações no interior da Bahia, sul do Piauí e sertão de Pernambuco. Isso beneficia o algodão e a finalização da colheita da soja na região. Por outro lado, áreas canavieiras serão beneficiadas com as chuvas mais frequentes.
Temperaturas
Nesta semana, apesar ainda de manhãs frias, o destaque vai para a temperatura mais alta à tarde no Centro-Sul do país, por causa do tempo seco.
É comum a ocorrência de veranicos em maio no Rio Grande do Sul, mas o bloqueio atmosférico adiantou essa condição para abril. Assim, com a temperatura da tarde mais elevada do que o normal, a perda de umidade do solo pode ser acelerada.
Por fim, o frio da manhã aumenta um pouco mais novamente na virada de abril para maio.