Nesta segunda-feira, 4, o delegado Rolando Alexandre de Souza foi anunciado como novo diretor-geral da Polícia Federal, a nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Souza ocupava a Secretaria de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
A indicação do delegado ocorre após o Supremo Tribunal Federal suspender a nomeação e a posse de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da PF. Na decisão, o ministro do STF Alexandre de Moraes citou declarações do ex-ministro Sérgio Moro, que ao deixar o cargo, acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir politicamente no órgão.
Já neste sábado, 2, um dia antes das manifestações em Brasília em apoio ao governo brasileiro, o ex-ministro da justiça Sérgio Moro prestou depoimento de mais de oito horas à Polícia Federal em Curitiba. Moro chegou acompanhado de um advogado e foi ouvido por delegados e procuradores que vieram de Brasília.
O depoimento de Sérgio Moro foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, que autorizou a abertura do inquérito para apurar as acusações que o ex-ministro fez contra o presidente. O comentarista do Canal Rural Miguel Daoud avalia o cenário político atual e a manifestação a favor governo.
“Os problemas políticos tem interferido muito nos rumos do mercado financeiro e da economia brasileira. A manifestação que aconteceu neste domingo em Brasília e tomou todo o eixo monumental em Brasília foi uma manifestação democrática e o presidente teve um comportamento coerente em relação ao coronavírus”, comenta Miguel.
O comentarista também falou a respeito da nomeação do novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza. “Nesta manhã, Bolsonaro assinou um decreto nomeando o novo diretor da PF, um direito dele como presidente da República. Vários juristas disseram que o STF não deve fazer interferências por mais que deduzam que há interesse de outras pessoas na nomeação. Acredito que nós temos de esperar os acontecimentos e qualquer fato concreto que leve a decisão que anulou a nomeação de Alexandre Ramagem”, diz Daoud.
“A oposição não irá recorrer a esta decisão porque a probabilidade da nomeação do novo diretor-geral da PF ser vetada é baixa, devido à discussão jurídica e ao embate técnico que surgiu pela proibição da posse do Ramagem, visto que cada um dos poderes possuem suas individualidades e sua independências”, finaliza Daoud.