A comercialização da segunda safra 2020 de milho no Centro-Sul do país atingiu 31% da produção prevista para essa temporada no mês de abril, de 73,80 milhões de toneladas, conforme levantamento da consultoria Safras & Mercado. No mesmo período do ano anterior, o índice era de 25,6%.
“Os estados de Mato Grosso e Goiás venderam bem antecipadamente nesta safra. Já o Paraná e Mato Grosso do Sul registram uma negociação mais lenta devido ao quadro de instabilidade climática”, segundo o analista de mercado da Safras & Mercado, Paulo Molinari.
Ainda de acordo com dados da consultoria, o índice de milho comercializado em Mato Grosso, maior estado produtor do grão na segunda safra, está em 41,7%. O percentual está acima do registrado no mesmo intervalo de 2019, de 36%. Em Goiás, o número é de 32,7%, acima do registrado no ano passado, de 29%.
Já no Paraná, a comercialização do milho está em 19,1% e em Mato Grosso do Sul, em 24,6%. Em abril de 2019, os números eram de 12% e 23%, respectivamente, ainda de acordo com dados da consultoria.
Apesar da comercialização adiantada, há uma preocupação do setor com a demanda por milho em longo prazo, principalmente no setor de carnes e também no de combustíveis, diante do isolamento social e da recente desvalorização dos preços do petróleo, segundo o vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Glauber Silveira.
E para ajudar o produtor rural a entender melhor esse cenário em longo prazo, o Projeto Mais Milho realiza na próxima quinta-feira, 7, uma transmissão ao vivo sobre o novo coronavírus e os efeitos a demanda. A live contará com um time de especialistas para responder as dúvidas dos agricultores e será transmitida a partir das 20h, horário de Brasília, no site, Facebook e Youtube do Canal Rural.