Mercado e Cia

Economia do Brasil deve ficar em -5,89%, projeta mercado financeiro

De acordo com o comentarista, Miguel Daoud, a economia brasileira pode ser ainda mais afetada por contas das tensões econômicar entre China e Estados Unidos

A pesquisa Focus do Banco Central desta segunda-feira, 25, ouviu mais de 100 analistas de mercado e apresentou o cenário de Produto Interno Bruto (PIB) em queda e o dólar em alta ainda em 2020. A projeção do PIB brasileiro em 2020 saiu de de -5,12% para -5,89%, o índice de preços no consumidor (IPCA), que mede a inflação do país caiu de 1,59% para 1,57%, já o câmbio para o fim de 2020 subiu de R$ 5,28 para R$ 5,40 e a taxa Selic segue em 2,25% ao ano.

Miguel Daoud, comentarista do Canal Rural, falou a respeito das projeções para o fim do ano e como o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o ministro da economia, Paulo Guedes, tem agido para saldar as dívidas brasileiras.

“A sinalização momentânea do ministro Paulo Guedes e do presidente do Banco Central, Campos Neto, de que poderiam utilizar a valorização das nossas reservas em reais no mercado decorrente da alta do dólar, vendendo dólares e usando esses recursos para minimizar o rombo fiscal no final do ano, deram oportunidade para o mercado financeiro rever algumas posições. Vimos uma valorização na bolsa, desvalorização e valorização de alguns ativos e daqui pra frente o dólar volta a ter uma trajetória de alta e estabiliza por volta de R$ 5,40”, comenta Dauod.

Miguel também comenta que o Banco Central tem a obrigação de manter a inflação no Brasil equilibrada, e como as quedas tem sido expressivas, o banco precisará de uma expansão monetária, porque da mesma forma que é ruim para o país a inflação superar o teto de 4%, também seria ruim para a economia a inflação cair até o limite de máximo de -1,5%.

O comentarista do Canal Rural falou também a respeito dos impactos que os atritos entre China e Estados Unidos, por conta dos novo coronavírus, podem gerar à economia. “A minha preocupação é quanto ao atrito Estados Unidos e China, os países satélites, como o Brasil, que dependem dessas potências econômicas e estão à beira desse redemoinho podem ser afetados”.