O mercado físico do boi gordo registrou preços mais altos nas principais praças de produção e comercialização do Brasil nesta terça-feira, 2. Segundo o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o mercado segue em movimento atípico de alta no final da safra.
“A oferta segue abaixo do normal, com alguns aspectos que precisam ser considerados, a começar pela retenção de fêmeas nos últimos meses, mantendo a oferta ajustada. Além disso, os preços no mercado de reposição permanecem acentuados, oferecendo suporte aos preços no restante da cadeia produtiva”, diz.
Do ponto de vista da demanda de carne bovina, ainda há moderado otimismo em relação ao relaxamento da quarentena em diversos estados. Além disso, a China segue impondo um forte ritmo de compras da proteína animal brasileira, apesar de algumas notícias envolvendo a renegociação dos contratos envolvendo frigoríficos sul-americanos.
Na capital de São Paulo, os preços do mercado à vista passaram de R$ 196 para R$ 197 a arroba do boi. Em Uberaba, Minas Gerais, foram de R$ 190 para R$ 193,00 a arroba. Em Dourados (MS), subiram de R$ 180 para R$ 181 por arroba. Em Goiânia (GO), o preço indicado foi de R$ 188,00 a arroba, ante R$ 187,00 a arroba no dia anterior. Já em Cuiabá (MT), o preço ficou em R$ 173,00 a arroba, estável.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, a tendência de curto prazo remete a alguma reação, que deve se concentrar nos cortes do dianteiro, mais acessíveis ao consumidor médio. O mercado permanece focado nas exportações destinadas à China. “O resultado dos embarques foi novamente impressionante”, apontou.
A ponta de agulha ficou em R$ 11,20 o quilo, estável. Já o corte dianteiro permaneceu em R$ 11,75 por quilo, e o corte traseiro seguiu em R$ 13,30 o quilo.