? Saímos da fase de preços baixos no final de 2009, mas o reflexo nos contratos da retomada dos preços só foi sentido a partir do segundo semestre do ano passado; por isso, é possível retomarmos os US$ 2 bilhões ? afirmou Christian Lohbauer, presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), entidade que reúne as empresas exportadoras de suco do país.
Lohbauer avalia que os preços do mercado internacional do suco devam seguir em bons níveis este ano, mesmo com o de aumento na safra norte-americana de laranja e a possibilidade de um crescimento na brasileira. A possível oferta maior de suco deve ser compensada com a reposição de estoques das indústrias.
OMC
O presidente da CitrusBR prevê que até março a Organização Mundial do Comércio (OMC) encerre o processo em que avalia a aplicação, pelos Estados Unidos, de barreira antidumping contra o suco de laranja brasileiro. O Brasil contestou, e venceu até a segunda instância, a metodologia americana que impõe, eventualmente, preços mínimos para o suco importado.
Quando o preço no mercado internacional cai, a metodologia considera que o valor de entrada do suco brasileiro no mercado americano é dumping e a multa é aplicada. Os Estados Unidos recorreram da decisão da OMC, anunciada no final do mês passado, e Lohbauer acredita que deverão ser derrotados.
? Já há uma jurisprudência internacional sobre esse assunto e a expectativa é que o Brasil seja vencedor ? avaliou.
Em caso de vitória, além de deixar de pagar a multa eventual quando o preço do suco de laranja estiver baixo no mercado internacional, o maior ganho com a decisão da OMC, na avaliação da CitrusBR, seria a segurança nos negócios.
? A partir daí, eles poderiam nos acusar de dumping apenas em processos na própria OMC, o que é justo ? concluiu.
A vitória na OMC, no entanto, não derrubará a taxação de US$ 415 por tonelada de suco brasileiro que entre nos Estados Unidos.