Soja: lavouras nos EUA e cenário externo pressionam Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja opera com preços mais baixos para grão e farelo, e cotações mais altas para óleo no meio-pregão de hoje. O mercado é pressionado pelas boas condições das lavouras norte-americanas, que estão melhores que o esperado por analistas. O cenário externo negativo, com quedas generalizadas nas bolsas de valores da Europa e dos Estados Unidos, também influencia negativamente.  

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de soja. Segundo o USDA, até 7 de junho, 72% estavam entre boas e excelentes condições, 24% em situação regular e 4% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 70%, 26% e 4%, respectivamente. 

Os investidores também se posicionam frente ao relatório de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na quinta.  

O USDA deverá elevar a sua estimativa para a safra de soja dos Estados Unidos em 2020/21. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em safra de 4,152 bilhões de bushels. Em maio, o número era de 4,125 bilhões. Na temporada passada, a safra ficou em 3,558 bilhões de bushels.  

Para os estoques de passagem, a aposta é de 459 milhões de bushels para 2020/21. Em maio, o número ficou em 405 milhões. Para 2019/20, o USDA deverá elevar sua previsão e 580 milhões para 584 milhões de bushels.  

A previsão para os estoques finais globais em 2020/21 é de 100,1 milhões de toneladas, contra 98,4 milhões projetados no mês passado. Para 2019/20, o USDA deverá manter a estimativa em 100,3 milhões de toneladas.  

A safra brasileira em 2019/20 deverá ter sua previsão cortada de 124 milhões para 123 milhões de toneladas. A produção da Argentina deverá ter projeção reduzida de 51 milhões para 50,8 milhões de toneladas. 

 Os contratos com vencimento em julho de 2020 tinham preço de US$ 8,60 por bushel, retração de 4,00 centavo de dólar por bushel ou 0,46%. A posição agosto de 2020 era cotada a US$ 8,63 1/2 por bushel, desvalorização de 4,00 centavos de dólar por bushel ou 0,46%. 

No farelo, julho de 2020 tinha preço de US$ 286,60 por tonelada, perda de US$ 1,80 ou 0,62%. Já a posição julho de 2020 do óleo era cotada a 28,22 centavos de dólar por libra-peso, alta de 0,12 centavo de dólar por libra-peso ou 0,42%.

Por Agência Safras