Produtores da região da Estrada de Ferro, em Goiás, não conseguiam trabalhar corretamente com o milho segunda safra por causa do clima. Na área, as chuvas costumam se consolidar apenas no fim de outubro, o que diminui o tempo hábil para cultivo da safrinha em fevereiro.
“Tradicionalmente, o plantio do milho safrinha só ocorria em áreas de feijão primeira safra, que é colhido em janeiro. Porém, com a entrada de materiais de soja super precoces, nós passamos a ter possibilidade de trabalhar com a cultura do milho em todo o mês de fevereiro, com isso, a produção do cereal cresceu muito nos últimos dez anos”, relembra o produtor Clodoaldo Calegari, da região de Silvânia.
Aos poucos, os produtores foram aprendendo a lidar com a safrinha de milho na região, investindo principalmente em perfil de solo. “Temos buscado na nossa propriedade o equilíbrio das frações química, física e biológica do solo. Além disso, também fazemos parte da área em consórcio com braquiária e apostamos em sementes de milho convencionais”, destaca o agricultor.
Nesta temporada, o agricultor semeou 1.200 hectares com o milho segunda safra e um dos fatores que o levou a investir em sementes convencionais foi a possibilidade de atender novos mercados. “Atendemos o mercado de ração, exportação, consumidor final e agora algumas indústrias locais, que utilizam o milho convencional para o consumo humano”, completa Calegari.
E para debater os desafios da cadeia do milho em Goiás, o Projeto Mais Milho realiza live nesta quinta-feira, 11. Além do produtor de Silvânia, o vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e moderador da transmissão ao vivo, Glauber Silveira, recebe o presidente da Aprosoja/GO, Adriano Barzotto, e o presidente da Comissão Nacional de Cana de Açúcar da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e integrante da diretoria da Aprosoja/GO, Ênio Fernandes.
Você pode acompanhar e participar da live pelo site, Facebook, Instagram e YouTube do Canal Rural, a partir das 20 horas de Brasília.
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