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Milho: confira a tendência para o mercado nesta semana

Andamento da safra nos Estados Unidos e em outros grandes produtores está entre os pontos de atenção elencados pela consultoria Safras

Lavoura de milho segunda safra, em Querência, Mato Grosso
Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural

O mercado do milho fechou a semana com queda na Bolsa de Chicago após divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O documento indica amplos estoques globais na safra 2020/2021. No Brasil, as cotações fecharam a sexta-feira, 12, estáveis. De acordo com a consultoria Safras, os negócios ficaram restritos aos portos.

Mas o que vai ditar os preços nesta semana? O analista da Safras Paulo Molinari separou dicas do que pode mexer com o mercado nos próximos dias. Confira:

  • Preços externos sem força de reação. Safra norte-americana avançando bem, Ucrânia com safra recorde sinalizada e Argentina forte na exportação;
  • Previsão de chuvas para a última semana de junho no Meio-Oeste dos EUA tranquiliza mercado;
  • EUA tem mais 30 dias de fatores climáticos à frente para definir o potencial de produção da safra de milho. Sem problemas, safra será recorde e acima de 400 milhões de toneladas;
  • Dia 30 de junho ocorre a divulgação da área plantada com milho. Mesmo que não confirme os 97 milhões de acres previstos, há pouca alteração no quadro geral;
  • Exportações dos EUA não conseguem avançar e estoques seguem altos;
  • Argentina tem recorde de embarque mensal em abril com mais de 4 milhões de toneladas;
  • No mercado interno, a valorização do real derruba preços nos portos e afeta formação de preços interno em plena pré-colheita da safrinha;
  • Ótimos resultados em produtividade no Mato Grosso e em Goiânia podem elevar produção de 2020;
  • Preços cedem abaixo de R$ 30 no Mato Grosso com entrada da safrinha e queda no preço no porto. Isso demonstra que a comercialização local está distante dos números apontados ou sugeridos no estado em 80%. As pressões de venda deverão aumentar nos próximos dias;
  • Mercado depende, agora, de embarques em 4 milhões de toneladas de ao mês para atingir a meta de 30 milhões no ano. Concorrência com EUA, Argentina e Ucrânia neste ano podem influenciar os embarques nacionais;
  • Preços nos portos entre R$ 44/45 dependem de câmbio e da Bolsa de Chicago;
  • Forte redução dos riscos de geadas graves na safrinha do Paraná e Mato Grosso do Sul.