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Tendências para o milho foram discutidas na Abertura Nacional da Colheita

Especialistas e autoridades falaram sobre comercialização, produtividade e desafios enfrentados neste ano

A Abertura Nacional da Colheita do Milho aconteceu nesta terça-feira, 16, em Nova Mutum (MT). O analista Paulo Molinari, da consultoria Safras & Mercado, participou do evento e destacou a comercialização do milho segunda safra, que já alcançou 40%. “Em 2021 também já temos negócios, porque os produtores vão antecipando as compras de insumos”, comenta.

De acordo com o diretor-executivo de commodities da Seara, Arene Trevisan, a comercialização da safra de verão 2020, que na média dos últimos cinco anos costuma estar em 4%, está em cerca de 12%.

Representantes de vários estados participaram do evento e compartilharam as expectativas de produção em cada região. No Paraná, por exemplo, a previsão é de queda de 25%. “Algumas regiões tem expectativa de perda acima de 30%, então não são notícias boas”, diz Molinari.

Em Mato Grosso do Sul, também há expectativa de perda, de 23%. “Tivemos problemas com atraso no plantio da soja na safra 2019/2020, o que culminou em um atraso na semeadura do milho. Esse milho foi afetado pela seca e a nossa expectativa ficou abaixo de 80 sacas por hectare”, afirma André Dobashi, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS).

O evento contou com a presença do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), e da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que deixou um recado: “Isso reforça a imagem que o Brasil tem uma agricultura sustentável, que não para. Um agro que ajuda o país e o mundo”, diz.