Destaques do dia
- Expectativa por mais cortes na Selic e política podem pressionar negativamente o real;
- Soja sobe até R$ 113 em portos brasileiros; exterior monitor demanda chinesa e clima americano;
- Dólar em alta favorece mercado voltado para exportação de milho;
- Arroba do boi gordo sobe R$ 5 em Goiânia com ofertas restritas e escalas de abate enxutas, aponta a Scot Consultoria;
- Exportador dá ritmos aos negócios de café no Brasil, indica Agência Safras.
Agenda
- Banco Central divulga IBC-Br de abril
- Conab divulga levantamento para a produção brasileira de café em 2020
- Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga exportações semanais de grãos do país
Expectativa por mais cortes na Selic e política podem pressionar negativamente o real
O dólar operava em leve alta às 8h (horário de Brasília) ante moedas emergentes. No Brasil, a política ainda conturbada e expectativas por mais cortes na taxa Selic podem pressionar negativamente o real na abertura e durante o pregão desta quinta-feira, 18.
Nesta quarta-feira, 17, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 2,25% ao ano. O comitê avaliou que a conjuntura econômica atual prescreve estímulo monetário, mas que o espaço para novas reduções de juros é incerto e deve ser pequeno.
Porém, ao dizer que o Copom pode adotar cortes residuais na taxa Selic, a depender da evolução dos impactos econômicos da pandemia da Covid-19, os investidores entenderam que há algum espaço para novas quedas, ainda que pequenas. Como parte do mercado esperava por uma comunicação mais clara de encerramento do ciclo de redução dos juros, essa sinalização pode pressionar o câmbio e gerar nova desvalorização.
Soja sobe até R$ 113 em portos brasileiros; exterior monitor demanda chinesa e clima americano
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, com a alta do dólar, o preço da soja avançou em alguns portos brasileiros, com destaque para o porto de Rio Grande, onde a cotação passou de R$ 111 para R$ 113. Novas sinalizações de compras chinesas da soja americana têm pressionado para cima as cotações na Bolsa de Chicago, segundo o Estadão Conteúdo.
Com a safra norte-americana atingindo fase importante de desenvolvimento, os traders têm observado atentamente as previsões para o clima nas próximas semanas.
Dólar em alta favorece mercado voltado para exportação de milho
Segundo informações do Estadão Conteúdo, alguns corretores reportam a realização de negócios com tradings de grãos, enquanto que empresas do mercado interno preferem postergar novos acordos no aguardo do avanço da colheita da segunda safra de milho. A Agrifatto Consultoria ainda avalia que a colheita do cereal avança a passos lentos, de forma que as cotações têm sido sustentadas pela alta do dólar e oferta restrita em São Paulo.
No exterior, o mercado monitora ainda a demanda por produção de etanol e, seguindo a alta dos preços do petróleo nesta quinta, os preços de milho operavam em alta na Bolsa de Chicago às 7h32 (horário de Brasília).
Arroba do boi gordo sobe R$ 5 em Goiânia com ofertas restritas e escalas de abate enxutas, aponta Scot Consultoria
A Scot Consultoria registra alta de R$ 5 no preço da arroba em Goiânia (GO). Em cenário com oferta restrita, os frigoríficos têm pagado mais pela arroba, em movimento que se intensificou ontem, de acordo com a consultoria. Além disso, as escalas de abate atendem em média dois dias.
Exportador dá ritmos aos negócios de café no Brasil, indica Safras & Mercado
A consultoria Safras & Mercado reporta mercado de café movimentado no Brasil, com o exportador dando ritmo intenso aos negócios. Os preços trabalharam com viés de alta acompanhando o exterior, mas ainda perto do patamar das últimas semanas, que tem sido afetado pelo avanço da colheita.
Os vencimentos mais curtos operavam em baixa hoje às 7h39 na Bolsa de Nova York. De acordo com o Estadão Conteúdo, a tendência do mercado é baixista, com o clima favorável à colheita brasileira, alta do dólar e piora do humor do mercado com a economia global.