Muitos segmentos do agronegócio não ficaram satisfeitos com o Plano Safra 2020/2021, anunciado nesta quarta-feira, 17. O comentarista e ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Benedito Rosa, analisa as condições divulgadas, com foco na agricultura familiar.
“O governo continuou com nível de apoio a esse segmento, que no seu conjunto representam quase 80% dos agricultores do país, portanto merecem atenção. Destinou mais 2,8 bilhões ao Pronaf, a maior parte para custeio”, diz.
Segundo ele, as taxa de juros do Pronaf entre 2,75% a 4% não parecem altas. “A sensação de que estão é por conta da Selic a 2,25%, então pensa-se que deveriam ser menores, mas não é assim a conta”, pontua.
Além disso, segundo ele, para agricultores com renda de até 23 mil ao ano, a taxa efetiva de juros será de 0,5% ao ano e o bônus de adimplência, de até 40%.
“Outra novidade é uma linha de crédito de R$ 500 milhões para agricultores financiarem e reformarem suas casas”, menciona.