O milho fechou com preços mais altos tanto no mercado doméstico quanto na Bolsa de Chicago, de acordo com a consultoria Safras. Enquanto a procura de exportadores garantiu sustentação às cotações no Brasil, os contratos futuros nos EUA foram fortalecidos pelos sinais de que a China comprará mais cereal norte-americano.
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Mas o que devemos esperar desta semana? Acompanhe abaixo os fatos que vão merecer a atenção do mercado de milho. As dicas são do analista da Safras Paulo Molinari.
- Não há fatos novos no mercado internacional;
- Na ponta da demanda, há certa recuperação na produção de etanol nos Estados Unidos e os abates de suínos também estão se normalizando;
- As exportações norte-americana seguem fracas e perdendo concorrência para o Brasil e a Argentina;
- Julho será um mês-chave para a polinização e pendoamento do milho no Meio-Oeste americano. Previsão de chuva nas próximas duas semanas, o que tranquiliza quanto ao início da polinização. Situação mais crítica apenas no Texas com a estiagem mais prolongada;
- Clima na Europa está regular, com atenção à Rússia;
- No mercado interno, colheitas ainda são lentas, até mesmo em Mato Grosso. Verifica-se umidades altas ainda no grão;
- Primeiras colheitas vão atendendo contratos. Tradings e consumidores internos parecem ter programado mal a data de entrada da segunda safra e agora disparam as compras de milho disponível para embarque imediato em todo o mercado interno;
- Santos e Paranaguá com negócios a R$ 50/51 na semana;
- Mas colheitas ainda não avançam de forma geral e a safrinha poderá ser de 75 milhões de toneladas, um novo recorde;
- A partir de agora, o porto comanda o nível de preços no Brasil – Bolsa de Chicago e câmbio definem essa demanda;
- Programação de embarques para julho ainda é discreta nos portos do Brasil, apenas 1,5 milhão de toneladas programadas. Meta é de 4 milhões de toneladas ou mais, ao mês, até janeiro;
- Ritmo de colheita versus ritmo de embarques na exportação oferecerá o tom da liquidez interna nas próximas semanas.