Aconteceu nas principais regiões produtoras do país. Chuvas irregulares logo no início da janela de plantio causaram atrasos e replantio, ligando o sinal de alerta no campo.
Segundo o engenheiro agrônomo Lúcio Zabot, gerente de fungicidas Brasil em pesquisa e desenvolvimento da Syngenta, esse cenário agronômico da safra 2019/2020 iniciou com o prognóstico de desenvolvimento e alta pressão de ferrugem nos principais estados produtores.
“Por isso o produtor rural precisa focar no manejo consciente, um conjunto de 10 princípios que levam em consideração as características químicas dos produtos, e também as características agronômicas do cenário onde o produtor está inserido”, ressalta Zabot.
Cerrado
As chuvas irregulares em setembro e outubro provocaram semeaduras prolongadas. Os plantios foram mais tardios e espaçados dentro da janela, na comparação com a safra anterior. Situação que provocou uma maior pressão da ferrugem na segunda quinzena de dezembro e início de janeiro.
Centro-Sul
Em São Paulo, o plantio foi feito logo no início da janela no final do mês de setembro. No sul do estado, uma estiagem muito longa provocou um segundo plantio na metade do mês de novembro.
Paraná
Em função das chuvas irregulares no norte e sudoeste do Paraná, foi registrada uma taxa muito alta de replantio da soja. As consequências já apareceram com a ocorrência de ferrugem em algumas lavouras.
Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul, o excesso de chuvas no início da safra nos meses de outubro e novembro causou uma concentração de plantio na segunda quinzena de novembro e início de dezembro.
As 10 práticas do Manejo Consciente
Nesse cenário em que o clima desorganizou o plantio e a safra ficou mais exposta com a pressão da ferrugem, seguir à risca os princípios do manejo consciente é a melhor maneira de reduzir a margem de risco de forma segura.
“São 10 princípios ligados à necessidade do setor em preservar as melhores tecnologias que nós temos disponíveis hoje no mercado”, explica o engenheiro agrônomo Lúcio Zabot.
Dos 10 princípios do manejo consciente, cinco são focados nas características dos produtos:
– Iniciar as aplicações de fungicidas de maneira preventiva.
– Utilizar todos os modos de ação disponíveis no mercado, dentro do programa de controle.
– Reforçar a eficácia dos programas de manejo por meio da utilização de fungicidas multissítios e triazóis.
– Utilizar doses e intervalos entre as aplicações, sempre de acordo com a recomendação dos fabricantes.
– Respeitar o número máximo de aplicações das carboxamidas, dentro do ciclo da soja.
Os outros cinco princípios do manejo consciente são focados no cenário agronômico:
– Seguir as recomendações do vazio sanitário.
– Respeitar o escape em relação às doenças, fazendo o plantio na época correta para sua região.
– Privilegiar as variedades de ciclos mais curtos, que estão sujeitas a escapar do momento de maior pressão das doenças.
– Explorar a tolerância genética das variedades para auxiliar os programas de manejo de doenças.
– Usar sempre uma tecnologia de aplicação eficiente para fazer com que os produtos cheguem na parte de baixo, atingindo a planta de forma homogênea.
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