A última semana foi marcada por diminuição significativa das chuvas no Paraná, onde tivemos tempo seco, de forma geral, favorecendo as atividades de colheita do café. Apenas na faixa leste do estado foram registradas pancadas de chuva, devido aos ventos úmidos que sopram do mar, porém com baixos volumes, não ultrapassando 15 milímetros.
Situação parecida foi verificada em São Paulo e Minas Gerais. Só no Espírito Santo, os volumes de chuva foram um pouco maiores, com volumes de até 75 milímetros em alguns pontos, o que paralisou as atividades de colheita do café conilon. A colheita capixaba havia atingido de 40% a 50% da produção esperada até a metade do mês, segundo colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
A situação deve mudar no Paraná e em outras áreas de café nos próximos cinco dias. A passagem de uma nova frente fria no decorrer desta semana deve levar acumulados superiores 50 milímetros à boa parte do Paraná, com destaque para o interior e faixa leste do estado. Em alguns pontos da faixa leste, os acumulados podem chegar à casa dos 100 milímetros.
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A mesma frente fria deve trazer acumulados de até 100 milímetros em alguns pontos do Vale do Ribeira. Aliás, todo o estado de São Paulo deve receber chuva, porém os maiores volumes ficam restritos à metade sul do estado. Já em Minas Gerais, Espírito Santo, metade oeste da Bahia e Rondônia, o tempo seco deve predominar, sem previsão de chuva.
Entre os dias 28 de junho e 2 de julho, o tempo instável continua no Paraná, com previsão de volumes de chuva chegando a 70 milímetros na metade sul do Paraná e até 100 milímetros em pontos isolados do interior do estado.
Quanto a São Paulo, a situação muda pouco por esses dias. Os maiores volumes ocorrem no Vale do Ribeira e litoral sul de São Paulo, chegando aos 70 milímetros. Nas demais áreas do estado, chove de forma mais isolada, com acumulados inferiores a 50 milímetros.
Em praticamente todo o estado de Minas Gerais, Espírito Santo e Rondônia, a chuva até ocorre, mas é muito isolada e com baixíssimos acumulados, algo inferior a 15 milímetros. Apenas no sul mineiro chove um pouco mais, mas mesmo assim segue sendo pouco, pois os volumes não ultrapassam os 30 milímetros.
Quanto à Bahia, tempo seco predomina em quase todo o estado por esses dias, com pancadas de chuva isoladas previstas apenas pro litoral.
Já entre 3 e 7 de julho, as chuvas seguem espalhadas pelo Paraná. Na maior parte do estado, as acumulados ficam abaixo de 50 milímetros, mas na faixa leste podem atingir 70 milímetros.
Já em São Paulo, os maiores volumes de chuva continuam previstos para o Vale do Ribeira e litoral sul, chegando a 50 milímetros em algumas cidades. Nas demais áreas do estado, no sul de Minas Gerais, no Espírito Santo e em Rondônia, até chove, mas a precipitação será pontual e os volumes, baixos. No oeste da Bahia, a massa de ar seco favorece o tempo firme, sem previsão de chuva.
Vem frio pela frente, mas sem geada, por enquanto, em áreas de café
Em relação às temperaturas, o ar polar deve atuar nos próximos dias, porém deve ganhar mais força entre 28 de junho e 2 de julho, quando são previstas temperaturas mínimas chegando à casa dos 3 °C na metade sul do Paraná e 6 °C nas demais áreas do estado. “Por enquanto, as simulações não mostram riscos para o café do norte do estado”, afirma Desirée Brandt, da Somar.
No Sudeste, os próximos 15 dias devem ter mínimas ainda mais elevadas, variando entre os 9 °C e 15 °C em São Paulo e Minas Gerais, sem riscos para os cafezais.
“Outro destaque são as temperaturas máximas no Paraná, que devem ficar baixas entre os dias 28 de junho e 7 de julho, não ultrapassando a casa dos 18°C na metade sul do estado, colocando fim ao calor que começamos este início de inverno”, diz Desirée.