O especialista em café da equipe de pesquisa do Rabobank, Guilherme Morya, considera que é pequena a possibilidade de altas expressivas nas cotações internacionais do café nos próximos meses. “A grande colheita em andamento no Brasil e as incertezas na demanda” devem segurar os preços, informou ele.
O especialistas pondera, entretanto, que, mais importante, no momento, é acompanhar a demanda, com a reabertura das principais economias, que são grandes consumidoras de café. Conforme Morya, se a recuperação do consumo for rápida, e com o ciclo de baixa produção no Brasil em 2021, as cotações do grão podem melhorar, saindo dos atuais cerca de 99 centavos de dólar por libra-peso, no contrato futuro para setembro de 2020, na Bolsa de Nova York (ICE Futures US).
“É preciso monitorar mês a mês e ver se isso se confirma”, comentou. Ele disse, ainda, que a demanda por café aumentou durante a quarentena, principalmente entre março e abril. No entanto, isso não compensou o que se consumia fora do lar.
Por Estadão Conteúdo