Esqueça os dias de tempo seco e calor fora de época para este início de inverno. A previsão indica mudança drástica no Centro-Sul do Brasil nas próximas 24 horas.
Uma sucessão de frentes frias seguidas de massas de ar de origem polar deve paralisar as atividades de colheita do milho segunda safra e plantio do trigo no Sul. Além disso, como os sistemas vão avançar, inclusive para estados do Sudeste e Centro-Oeste, o excesso de umidade pode ser prejudicial para o algodão, diminuindo a qualidade da planta.
A chuva também vai interromper a colheita da cana-de-açúcar e café em boa parte do Sudeste. A expectativa é de que, na semana que vem, a chuva alcance áreas de Minas Gerais, maior estado produtor de café arábica do país.
A frente fria já vem avançando pelo país, provocando chuva significativa. Rosário do Sul (RS) e Uruguaiana (RS) receberam 80 e 50 milímetros, respectivamente. Isso representa cerca de 60% do esperado para junho inteiro. “Choveu mais da metade da climatologia do mês entre 12 e 24 horas”, afirma o meteorologista Celso Oliveira, da Somar. Os ventos chegaram a 70 km/h.
Essa chuva avança rapidamente nas próximas horas para Santa Catarina, Paraná, parte sul de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Nesta sexta-feira, 26, as tempestades vão ficar concentradas em Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, alcançando as regiões de Dourados (MS), Maringá e Londrina (PR) e Presidente Prudente e Assis (SP).
“A frente fria, embora avance rápido pelo Sul vai ficar um certo tempo parada entre o Paraná e São Paulo com até 100 milímetros previstos de chuva”, afirma Oliveira. Segundo ele, podemos ter impactos nas atividades dos portos de Santos e Paranaguá.
No domingo, 28, a chuva perde força. “O problema é que no início da semana que vem já temos outra frente fria se formando entre o Sul, Sudeste e Centro-Oeste e, desta vez, a chuva vai avançar mais, alcançando áreas de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais”, diz Oliveira.