Os preços do boi gordo voltaram a subir em algumas regiões de produção e comercialização nesta quinta-feira, 25. Segundo o analista da Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o cenário fundamental permanece construtivo para o pecuarista, com um cenário de oferta de animais terminados restrita neste período de transição entre safra e entressafra.
A demanda chinesa permanece muito efetiva e, até o momento, não há novas repercussões em torno da suspensão de frigoríficos pela presença do novo coronavírus no chão de fábricas. “Aparentemente a suspensão voluntária que ocorreu em Rondonópolis (MT) trata-se de um caso isolado”, diz Iglesias.
Os principais frigoríficos brasileiros assinaram um termo garantindo que não há contaminação entre funcionários no chão de fábrica. “Além disso, as normativas acertadas junto aos ministérios da Agricultura, Economia e Saúde têm sido rigorosamente cumpridas”, afirma.
Na capital de São Paulo, os preços do mercado à vista continuaram em R$ 214 por arroba, estáveis. Em Uberaba (MG), passaram de R$ 208 para R$ 209 por arroba. Em Dourados (MS), subiram de R$ 204 para R$ 205. Em Goiânia, o preço continuou em R$ 208. Já em Cuiabá (MT), permaneceu em R$ 187 por arroba.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios ainda aponta para reajustes no curto prazo, com boas expectativas para a primeira quinzena de julho, quando o consumidor médio estará capitalizado. “Ao mesmo tempo, o relaxamento da quarentena em São Paulo – principal centro consumidor de carne bovina do país – aumenta o otimismo. No entanto, é fato conhecido de que os níveis de demanda não voltarão aos patamares pré-crise”, aponta.
A ponta de agulha ficou em R$ 11,85 o quilo. O corte dianteiro permaneceu em R$ 12,55 o quilo, e o corte traseiro continuou em R$ 13,75 o quilo.