Economia

Dólar opera em alta com reflexos do exterior e atinge R$ 5,47

O mercado reflete as preocupações com a relação entre Estados Unidos e China após o parlamento chinês aprovar a lei sobre segurança nacional para Hong Kong.

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Foto: Pexels

O dólar comercial opera em alta desde abertura dos negócios no último pregão do semestre, marcado pela pandemia do novo coronavírus, acompanhando o exterior onde investidores avaliam a relação entre Estados Unidos e China após o parlamento chinês aprovar a lei de segurança nacional de Hong Kong.

Às 10h10 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em alta de 0,88%, cotada a R$ 5,4720 para venda, enquanto o contrato para julho subia 1,07%, a R$ 5,469. Lá fora, o Dollar Index tinha alta de 0,11%, aos 97,642 pontos. Entre as principais moedas de países emergentes, o movimento era de desvalorização.

“Hoje chegamos ao fim do primeiro semestre e a sessão promete um mercado global agitado, por conta de ajustes de carteiras de grandes investidores em todos os cantos do mundo”, comenta o analista da Mirae Asset, Pedro Galdi. O
economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, reforça que termina o semestre “mais conturbado da história do mercado financeiro e provavelmente, da humanidade no século 21”.

Em meio às expectativas de retomada gradual da atividade em diversas localidades, Vieira destaca que há resultados positivos em algumas economias reabertas. Porém, em outras, o “vírus renova forças” ao ponto de se aproximar do colapso dos sistemas de saúde. “É neste contexto que o mercado tenta se reinventar e continuar na onda da recuperação dos ativos em meio aos desafios ainda impostos pela pandemia”, avalia.

Lá fora, o mercado reflete as preocupações com a relação entre Estados Unidos e China após o parlamento chinês aprovar a lei sobre segurança nacional para Hong Kong. “O que pode motivar reações adicionais de outros países, em especial dos norte-americanos. O dólar se fortalece no meio dessas notícias”, diz a equipe econômica do Bradesco.