A equipe do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Alimentar da Argentina (Senasa) localizou na tarde desta segunda-feira, 13, a área de pouso da nuvem de gafanhotos que desde junho circula pela província de Corrientes na Argentina, na divisa com o Rio Grande do Sul.
Os insetos estão em uma área pouco mais de um quilômetro acima da Ruta 30, próximo à divisa entre os departamentos de Sauce e Curuzú Quatiá – a cerca de 160 quilômetros de Uruguaiana.
Segundo boletim divulgado na noite desta segunda, os agentes do órgão federal argentino, a nuvem de gafanhotos ocupa uma área entre as localidades de Don Chocho e San José, dividida ao meio pelo Arroio Avalos. A equipe deve voltar ao local na manhã desta terça, 14, para delimitar o perímetro ocupado pelos gafanhotos.
“A partir daí pode ser preparada uma ação e combate, que ainda deve ser definida pelos técnicos. Para isso, a expectativa é de que o frio na região mantenha os insetos no mesmo local. A terça pode começar com temperatura negativa e na quinta já começa a subir, podendo chegar a até 30 graus no sábado”, afirmou e entidade em nota oficial.
Porém, o vento no período segue soprando para oeste e para sul. Embora os técnicos relatem que os gafanhotos tenham voado contra o vento em alguns momentos (o que não é comum). O clima segue parecido na fronteira gaúcha, com o frio segue pouco convidativo aos insetos pelo menos até quarta-feira. A partir daí a temperatura sobre até final de semana.
A equipe do Senasa vinha tentando localizar os insetos desde a última sexta-feira, 10, e no domingo, 12, eles foram avistados perto da Ruta 30 (que corta a região no sentido leste/oeste). Desde o dia 25 de junho a nuvem de gafanhotos vem circulando na região entre Sauce e Curuzú Quatiá, depois de ter percorrido mais de mil quilômetros entre o sul do Paraguai e a província de Corrientes.
Os argentinos conseguiram fazer duas operações com aviação agrícola contra os insetos, nos dias 26 de junho e 2 de julho. Em cada uma delas eliminado cerca de 15% dos gafanhotos. Há cerca de 70 anos uma nuvem tão grande de insetos chegava tão ao sul, colocando em alerta autoridades, produtores e os setor aeroagrícola no Brasil e no Uruguai.