Os preços da soja devem continuar firmes no Brasil, com viés altista no segundo semestre de 2020, avalia a consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio. Corroboram para a projeção a oferta restrita no mercado interno, o dólar em patamares elevados, as exportações recordes de soja em grãos em 2020, a forte alta das exportações de farelo e de óleo de soja e o aumento de vendas antecipadas para 2020/2021.
No primeiro semestre de 2020, o Brasil exportou 60,349 milhões de toneladas em grãos, recorde e alta de 38% em relação ao mesmo período do ano anterior.
“Nos próximos meses, as esmagadoras voltadas para o mercado interno poderão ter dificuldades em se abastecer, pagando um valor maior do que a paridade de exportação”, diz.
- Soja: todos os campeões do Cesb colheram mais de 100 sacas por hectare
- Brasil comercializou cerca de 36% da safra 20/21 de soja, aponta Datagro
No interior do Paraná, nos últimos 30 dias, o preço da soja FOB produtor subiu 5,7%, acumulando alta de 31,2% em 2020 e de 48,7% nos últimos 12 meses. Na mesma direção, as cotações futuras na Bolsa de Chicago se mostram mais firmes, tendo acumulado um avanço de 2,2% nos últimos 30 dias, para o vencimento março de 2021.