A lucratividade da produção de grãos deve continuar elevada na safra 2020/2021, de acordo com a Cogo – Inteligência em Agronegócio. A projeção da consultoria já leva em consideração os preços efetivamente pagos pelos produtores na compra dos principais insumos (fertilizantes e defensivos), bem como as taxas de juros de custeio definidas no Plano Safra 20/21.
Para a soja, principal cultura agrícola do Brasil, a projeção é de aumento de 13,2% no custo médio de produção na região Sul e de 6,5% na região do Cerrado. A receita bruta da soja na região Sul deve recuar 5,4% e no Cerrado, 1,4% em relação à safra 2019/2020. Já a margem líquida da soja na região Sul deve cair 13% ante recuo de 5,4% no Cerrado.
Essas diferenças se devem basicamente a fatores como o maior volume de vendas antecipadas de soja pelos produtores e compras de insumos mais adiantadas na região do Cerrado em relação ao Sul do país.
A margem bruta estimada para a safra de soja 2020/2021, representada pelo Ebitda, deverá seguir em níveis elevados em ambas regiões, projetada em 53,7% no Sul e em 32,5% no Cerrado, ante 58,4% e 33,8% registrados, respectivamente, na safra 2019/2020.