O Ministério da Agricultura publicou na sexta, 24, a instrução normativa 50, que revoga a necessidade do exame de cronologia dentária para abate de bovinos e bubalinos com rastreabilidade individual, destinados a países que exigem esse tipo de rastreio. A medida atende um pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e começa a valer em 3 de agosto.
A norma anterior, IN 51 de 2018, que atualizou o Sistema Brasileiro de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (SISBOV), estava trazendo prejuízos aos produtores rurais durante a conferência do animal para abate. “Os animais rastreados individualmente estavam sendo desclassificados no exame de cronologia dentária, isso porque não estava de acordo com o cadastrado na Base Nacional de Dados (BND). Com isso, muitos produtores tinham prejuízos porque faziam a rastreabilidade, mas não eram bonificados por esse trabalho”, diz Ricardo Nissen, assessor técnico da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA.
Com a nova regra, o produtor que faz a rastreabilidade individual irá abater os animais sem a exigência desse exame. “A cronologia dentária não é tão específica. A identificação individual é um mecanismo mais seguro e, com ela, retiramos uma avaliação que era subjetiva. Agora o produtor rural não será mais penalizado”, ressalta Nissen.